segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Curso Livre - PPG-Letras UFRGS


Michel Foucault: regimes de verdade na construção dos aparatos disciplinares

Ministrante: Prof. Dr. Ricardo Barberena (Pós-Doutoranto UFRGS/CNPq)

Público Alvo: Pós-Graduandos e Graduandos voltados para as discussões acerca da Teoria Literária

Créditos: O Curso será de 1 Crédito.

Metodologia: Será criada uma pasta (no Xerox/DAEMA) com os textos-base de cada encontro.

Cronograma: O Curso totalizará 3 encontros. A saber:

8/12 (segunda-feira – 13h30 às 17h)

12/12 (sexta-feira – 13h30 às 17h)

15/12 (segunda-feira – 13h30 às 17h)


Maiores informações: PPG-Letras

terça-feira, 25 de novembro de 2008

VI Congresso Internacional da Abralin

Entre os dias 4 e 7 de Março, de 2009, acontecerá o VI Congresso Internacional da Associação Brasileira de Lingüística (Abralin), na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa-PB.

O CEL, juntamente com a Direção do Instituto de Letras, está providenciando um ônibus para o transporte dos inscritos. O custo do ônibus não deverá passar de R$ 250, 00 por pessoa.

Maiores informações sobre o transporte e sobre o Congresso, no CEL, sala 125 do IL.

Sobre o Congresso, especificamente, pelo sítio: http://www.abralin.org/congresso/int-congresso.php?page=calendario

Contamos com a presença dos alunos da Letras-UFRGS.

sábado, 8 de novembro de 2008

VII Fórum de Literatura Brasileira e II Fórum de Literatura Portuguesa e Luso-Africanas

Já estão no ar o VII Fórum de Literatura Brasileira e II Fórum de Literatura Portuguesa e Luso-Africanas da UFRGS.

Ambos ocorrem nos dias 2, 3 e 4 de dezembro próximo, no Instituto de Letras da UFRGS, sediado no Campus do Vale, em Porto Alegre/RS.

Tema:
O Realismo como problema: Machado de Assis, Guimarães Rosa e as formas da narrativa


Informações e inscrições em http://www.surdina.com/forum.php

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Brumas


As Brumas dolentes fulguram rosáceas...

E os polens das áureas orquídeas, tão flébeis...

Sussurram gemidos, tão roucos e débeis

Roubando os meus sonhos à luz das acácias...


As pálidas Brumas, oh, plúmbeas neblinas...!

Tão lânguidas, leves, elevam-se aladas...

As Brumas malditas, de alvor nacaradas

Ocultam as Luzes das aras divinas...


Turíbulos níveos, essências ardentes...

Incensos sangrentos, fatídicos Hinos

Olhares angélicos, mornos, frementes...


Delícias supremas, Volúpias insanas...

São mãos fenecentes, fosfóreos velinos

São Névoas de Baco, pulsantes, profanas...!



Autor: Diego Queiroz Nascente


terça-feira, 4 de novembro de 2008

Nova Gestão

Tomou posse, aos 28 dias do mês de Outubro de 2008, a nova gestão do Centro de Estudantes de Letras da UFRGS, referente ao período de Outubro de 2008 à Setembro de 2009.
A eleição teve ínicio e fim no dia 22 do mês de Outubro do ano corrente, contando com 128 votos, sendo destes, 126 a favor da chapa única, 1 branco e 1 nulo.
Abaixo, seguem os nomes e cargos dos membros da Gestão CEL 08/09.

Presidente - Juliana Capitani

1ª Vice-Presidente - Carina Arsego

2ª Vice-Presidente - Juliana Oliveira

Secretário Geral - Thiago Nestor

Secretária - Muriel Assmann

1ª Tesoureira - Jéssica Fraga

2ª Tesoureira - Alliny Xavier

Suplentes - Daniela Santos, Nícolas Poloni, Thiago Prietto.

A Gestão CEL 08/09 agradece a participação de todos durante a eleição e abre espaço para colaboração de todos os alunos que se disponiblizarem.

Email para contato: cel.ufrgs@gmail.com
Telefone: 33087361

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

XIII Semana Acadêmica de Letras UFRGS - 2008

Para onde caminham as Letras?

A XIII SEMANA DE LETRAS tem por objetivo oferecer e obter informações para proceder a uma avaliação geral das áreas de Letras e Lingüística e, mais especificamente, das atividades desenvolvidas no IL, principalmente as relativas à formação oferecida. Pretende-se ainda avaliar a real atuação do profissional de letras na sociedade.

INSCRIÇÕES DE PARTICIPANTES - 04/08 à 26/08


Programa da Semana em: http://www6.ufrgs.br/iletras/xiii_semlet/index.htm

O CEL organiza o último dia (28/08) trazendo aos estudantes da Letras não só palestrar ligadas ao tradicional conteúdo e discurso acadêmico, mas indo além, ao dialogar com outras manifestações culturais como Música, Esporte e Dança.

Participar da Semana de Letras trará a todos nós o engrandecimento da alma e do conhecimento de mundo que farão de nós, meros mortais, espécimes únicas representantes da inteligência e do caráter humano.


Estudantes de Letras da UFRGS, uni-vos.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Diário de Estela

Os dedos de Estela caiam, enquanto havia um pássaro voando ali, tinha um pássaro, cara!

-Volta Páti...

-Voltou...voltou.

-Vamos pra UFRGS com meu tio, cara! Agora! Agora!

Pausa

-Meu tio foi embora

-Mas o cara de branco ta voltando... Tá vindo com uma garrafa de champagne pra mim cara!

A música toca e Estela se agita no colchão. Ela dança curti e deseja voltar pra lá. “Era muito afudê cara” depois de uma pausa “ah e o Gardel tava lá, tava muito afudê cara.”

-Eu voltei pra Portugal cara, azeite de oliva.

-Um livro, o Chico Buarque me ajudou a montar.

-Não, aconteceu agora no segundo andar, eu tô em NP agora.

-To no prédio de uma amiga minha.

-Os vermes estão invadindo a minha casa. E conseguiram

-Shhhhhhhhhhhhhhhhh

-Eo, lá na no bambus.

-E tinha cinco mãozinhas e cada dedo era um cigarro.

-E ta muita te . O cara ta vindo, o cara ta vindo. “o de branco?”

Ainda cogita a hipótese de pensar:

“é”

“Sai, sai, o cara ta vindo. Oi tudo bom. Sim eu quero o charuto. E tá muito afudê cara. É nessa música que eu pego ele cara. Muito rosa, muito rosa cara, eu vou pra FACED. A Welma tava comigo no ônibus cara. To na Tristeza. Chegô um cara com o papagaio no ônibus cara. Ele é meu tio cara. Sei lá, tô no menino deus agora cara, no mãe de deus. NÃO EU NÃO QUERO TOMÁ SORO. To em NP de novo. Tudo.

-Eu posso abrir uma agencia de viagens cara e vou ficá muito rica. E tô na Amazônia agora cara. Tudo é tão lindo cara. E tá comendo como um waffles. E a gente tá no meio de uma tribo cara e tudo é tão lindo e tá muito afudê.

-Eu tô no México, tem um cachorro com uma bola!

-Eu tô no Chapolin, no Chapolin, no Chapolin cara.

-Tô naquele episodio da festa, a festa a fantasia do Chapolin.

-Mas teve esse episódio?

-Acho quem sim.

-To agora no motel da minha prima e a gente vai pra NP daqui a pouco.

-A gente quer comer doce, doce, Funck!

-Tu tá pondo fogo nos meus pés.

-Tu tava botando fogo e chegava um águia. A águia comia o fogo.

-Cara é incrível como esse lado tá largo, tá enorme esse lado da casa, aqui assim, tá fazendo uma volta pela casa. A minha mão passa pela parede e eu consigo chegar aonde eu quiser daqui.

-Eu to num cassino de luxo, tem um homem lindo e ele quer me pegar, mas eu não consigo ver se é um paletó branco, preto ou branco e preto e ele é o Don Juan cara!!!!

-Tem uma maçã gigante do meu lado.

-A minha cara virou uma capa de caderno. Eu perdi o lábio, tô no motel, eu to com o Arcanjo cara. Eu to com o Arcanjo e a Wrana. Por favor. Eu to no Julinho, eu to dando aula no Julinho o Etore ta lá, sério cara, o Etori na parada de ônibus porque o carro dele pegou fogo.

-Eu to na frente do Julinho, Senna meu ex-namorado tá aqui, sai, sai.

-Tem o César, César...

-O César, o caos. O lima e Silva chegou...

-Chegou o lima e silva a Dani vagabunda. Lá vem o natha, o natha e o irmão dele tão vindo

-A gente ta na frente do ibge e o natha ta vindo aqui.

-O Coyote tava aqui agora.

-Tem um avião de guerra aqui, eles vão nos atacar. É a França, são os aliados.

-O que vai ser da Capitu????

-Eu tô no IBGE. Eu tô no IBGE o IBGE é lindo.

“E quem é que tava lá contigo?”

-Deixa eu me lembrar... A Shakira tava no IBGE e depois veio a Beta.

-Gente mudou o dia, mudou o dia.

-Eu voltei no tempo eu tô no dia da palestra, mas qual palestra? Eu não me lembro cara, isso aqui é bem redondinho, que afudê.

-Mari, bota a da garrafa.

-Eu tô com ele, e tô com uma fita no cabelo linda. Eu tô com a minha amiga milionária. Eu tô nesse mundo paralelo que afudê cara. Que afudê, e tem muita flor nesse meu mundo paralelo. Só tem eu na redenção a cidade parou.

-Vai chegar alguém que eu não sei quem é...

Shhhhhhhhhhhhhh

-Tô no bambus, to dançando com o Coyote no bambus, chegou a Key.

“Tu queria pegar o coyote?”

-Não agora eu não quero o coyote eu quero o cara de branco só.

-Tá o Thedy é bagaceiro, não anota isso, a Gaubi e a Josy vão ficar brabas comigo.

-Bota essa música de novo. Hoje é a noite dessa música.

-Eu tô ficando com um prof. de literatura, ele é lindo e eu to ficando com ele.

-Eu tô na sala 8 e ele ta chegando. É o Eduardo.

-Que mundo tri cara, que mundo tri.

-Tu virou o meu amigo, Gustavo, tu é a cara dele, o Gustavo de Veranópolis. Funcki, tu é o primo da minha prima.

-Eu tenho que ir no banheiro, mas eu tenho que chegar no cara de branco.

-Tem vários anões, uns anãozinhos. Que afudê esse mundo, cara, que afudê.

-No carnaval eu fui pra NP no carnaval, com quem é que eu tava que eu gostava tanto a Jana. Funck eu tô feliz.

-Eu to na aula da Gínia, voltei na aula da Gínia.

-A Gínia bebeu só pela cara dela, ta com o cabelo despenteado, eu tô lixando a unha, tem uma guria atrás de mim, é uma gordinha.

-E a Gínia ta falando e falando, só porcaria, o que eu gosto ela não fala. Cara, agora cara eu fui pra Índia. Cara isso aí é indiano. Funck da uma olhada na cara do cara, isso aí é indiano, é uma leão cara. A minha boca tá amarga eu não sei por quê.

-Eu vejo muita formiga invadindo o campo da PUC, eu tô na PUC.

-As formigas dominam o campo da PUC.

-EU TO NUMA AULA DE ORIENTADAS DE TARDE EU TO COM SONO.

-Vamos ver... Eu tô na argentina.

-Não agora eu tô num putero-de-beira-de-estrada aqui no Brasil, eu to lá em Mato Grosso. Muita luz na minha cara tudo é rosa, o meu mundo é rosa

-Eu to num harém.

-Tem um vale de chocolate. Tem um chafariz de chocolate, chocolate... ele virou cabelo. E virou tesoura, cara eu vi imagens muito lindas. Eu tenho que lembrar disso mais tarde, das imagens lindas.

-Eu to lá no mercado público. Tem um cara sem cabeça lá. Tem um cara sem cabeça para todos os lados. Tem um operário aqui. O Said veio.

-Eu tô numa fábrica no México.

-A minha mãe comprou um repolho gigante, mas ela ta levando a gente lá no bambus, CALMA NÃO SE MACHUCA QUE TEM UM POSTE ALI. Por que tu fica mudando de cor assim cara? Te decide ou tu fica assim ou tu fica assim.

-Máscaras vêm na minha cabeça, que lindas que elas são.

Funck diz: Tô vendo meu guerreiro.

Julia volta: MEU QUE AFUDE A GENTE TA NA RUA TU TA SEM NARIZ POR QUE FUNCK? Tá tudo amarelo agora como minha casa é amarela.

Autor Desconhecido.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Entrevista - SIC 2007

Com o intuito de oportunizar aos pesquisadores de graduação a exposição de seus trabalhos para a comunidade acadêmica, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) criou o Salão de Iniciação Científica, que teve em 2007 ano sua XIX edição, nos dias de 21 a 26 de outubro.

Nícolas Poloni, aluno de bacharelado em Letras, apresentou um interessante ensaio sobre a obra Os vendilhões do templo, de Moacyr Scliar, no qual analisa os tipos de mobilidade recorrentes, bem como sua intertextualidade com a Bíblia Sagrada. Poloni conversou com o blog do CEL.

CEL – Na tua opinião, o Salão de Iniciação Científica (SIC) cumpre seu papel de inserção do aluno da graduação no universo da pesquisa, proporcionando a ele conhecimento e prática inicial necessários para um futuro bom pesquisador e teórico? O aluno é auxiliado por um pesquisador, tu poderias falar da influência dele no desenvolvimento do trabalho?

Poloni – Creio que sim, o SIC porta uma atmosfera necessária ao jovem pesquisador, como a responsabilidade de datas, de realizar um bom trabalho, inclusive a possibilidade de apresentar-se diante de uma Banca julgadora. Nesse caminho até o dia D, é necessário ao aluno, no intuito de fazer um bom papel, consultar teóricos, críticos, pesquisadores, enfim, o que há de mais importante quando tratamos de um trabalho científico. O professor orientador, dentro desse âmbito, além de ajudar, influencia seu orientando na realização do trabalho. Influencia, nesse caso, não pejorativamente, como se tendenciasse o aluno a realizar tal projeto, mas dando a ele as bases para o desenvolvimento de um bom texto, bem como o aporte teórico necessário à resolução da pesquisa, além, é claro, do apoio psicológico indispensável em momentos como esse.

CEL - O crítico literário Enrique Anderson Imbert escreveu que não há uma ciência da literatura, que diferente das ciências exatas, ou positivas, tem uma epistemologia pessoal. Usando as palavras do crítico, “as ‘ciências da literatura’ não acumulam resultados: cada uma é independente da outra, começa e termina com o estudioso que a promove”. Tu achas que o SIC privilegia mais as ciências exatas, por serem elas pragmáticas e seguirem rigorosos métodos de trabalho pré-estabelecidos, preterindo as humanidades, e no caso a literatura, por ser ela deveras subjetiva e anticientífica?

Poloni – (Riso) Acho que não há dúvida quanto a isso. Não querendo que pareça recalque, mas já é pensamento comum aos cientistas humanos esse privilégio dado às ciências exatas. Podemos comprovar isso não somente durante o SIC, mas também quando pensamos na estrutura universitária, sempre ou praticamente sempre tendenciada a abastecer a área exata com maiores recursos. No SIC isso fica claro ao assistirmos às sessões dos trabalhos da Letras, por exemplo, e nos depararmos com salas minúsculas onde mal cabem os membros da Banca, o coordenador da sessão e o aluno que se apresentará. Outro fato que evidencia tal marginalidade ao curso de Letras é o número de trabalhos realizados nessa área em comparação aos das exatas. Nosso colega de graduação, Thiago Prietto, e eu, ao permanecermos na visita aos pôsteres após o último dia de apresentações (25/10/07) notamos a incrível diferença numérica de trabalhos expostos pela Letras e por cursos pertencentes às ciências exatas. Enquanto tínhamos ao nosso dispor três murais de exposição de cartazes, o que daria mais ou menos 30 trabalhos por dia, cursos das exatas tinham 6 ou 7 murais, ou seja, o dobro dos nossos. Lembro ainda de uma sessão de Literatura que assisti no SIC do meu primeiro ano de graduação, em 2006, onde uma professora membro da Banca e professora titular do curso de Letras da UFRGS, ao ouvir a apresentação oral de um dos alunos pesquisadores e notar que, além de ele não ter feito uma apresentação de slides, vejam o absurdo, e de não ter transmitido especificamente a partir de seu texto o objetivo e a conclusão do trabalho realizado, disse com palavras parecidas com essas: “é por isso que ainda não reconhecem nossos trabalhos como científicos”. Vejo que estamos inclinados não a nos mantermos como o diferencial, mas sim a nos integrarmos ao já imenso balaio científico e exato tido como o mais importante em detrimento às ciências humanas.

CEL – Os resultados que tu obtiveste com o SIC te satisfazem? Deixou ele a boa semente que, em posse do hábil cultivador, pode germinar e dar bons frutos? Gostarias de deixar alguma mensagem para os colegas da graduação que pensam em se aventurar no mundo da pesquisa e participar do próximo SIC?

Poloni – Olha, eu creio que, tendo um prazo de apenas 3 meses para conhecimento do corpus e o estudo dos teóricos-críticos com o intuito de realizar minha pesquisa, meus resultados foram muito satisfatórios. O projeto em que trabalho, Imaginário Insubmisso: Releitura Comparada das Mobilidades Culturais nas Américas, orientado pela Prof. Dra. Zilá Bernd, apesar de recente, já se mostra importante no que diz respeito à manifestação de uma literatura comparada, e o que é melhor, dentro das Américas, levando-nos a valorizar ainda mais o que foi e é produzido no Novo Mundo, marginalizado aos olhos de continentes como a Europa, por exemplo. Penso que não apenas o meu trabalho, mas também o conhecimento dos trabalhos de meus colegas dentro da nossa área deixa boas sementes. O SIC é uma forma de expormos os resultados de nossos projetos, nossos pensamentos e trabalhos e, ao mesmo tempo, julgá-los recorrentes ou não. Somos convidados a falar e não devemos perder tal oportunidade. Aos colegas que pensam em participar do próximo SIC, eu os apóio totalmente. Inserir-se em um campo de pesquisa com certeza não será insatisfatório, e ainda ajudará no desenvolvimento de um pensamento teórico, crítico e reflexivo, bem como na possibilidade de exposição dos mesmos. Recomendo a todos a inserção ao universo de pesquisa e, claro, à participações de manifestações acadêmicas como o SIC, realizado na UFRGS.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

TOCA (FOGO NO) PIANO

No final das contas, as peças de piano pegaram fogo.
Apenas um adiantamento da festa Junina, dizem.
Fogueiras não faltarão!

"E se a TOCA não queimar, olê, olê, olá, eu chego lá"

quarta-feira, 11 de junho de 2008

TOCA PIANO

Dia 19/06 (dezenove de junho, para quem não sabe ler números), rolará na Toca a primeira edição do maior concerto de piano que a UFRGS já ouviu: TOCA PIANO.

Reunindo grandes nomes da música como Bach, Scarlatti (transcrição para piano), Mozart, Haydn, Beethoven, Schubert, Schumann, Chopin, Liszt, Brahms, Tchaikovsky, Debussy, Ravel, Rachmaninov, Prokófiev, Shostakovich, Stravinsky. E claro, regado a muito vinho e ceva .


segunda-feira, 26 de maio de 2008

EREL 2008 - Floripa/SC

Aí estão algumas fotos do que rolou no EREL 2008, realizado de 1° a 4 de maio nas dependências da UFSC, em Floripa.

Deslumbrem-se.






Oficina de confecção de caixas com Flyers (super útil)








Compenetração (excluindo Páti e Bruna)








Pose pra foto (sem feijão no dente)







E o vento levou









Sem comentários







Cachórros da UFSC (dando uma de Tedi)









Bonito







Galera (não sei onde)








O CEL








Deu praia (não?)









Tá valendo







Candido: exemplo do estudante de Letras UFRGS









Festa







Vortando






FIM

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Apresentação mui subjetiva do CEL


A sala do CEL é assim: miúda, um sofá na extremidade inversa à porta, duas cadeiras estofadas, uma prateleira com livros, uma mesa com dois computadores. É o centro dos estudantes da Letras, no entanto.

Sua exigüidade é uma realidade contestável. Seu espaço físico é sobreposto pela fraternidade imperante. De fato, uma atmosfera embevecedora, qual o vinho que acalma os tormentos. Ou qual o manto de lã que, no inverno, aquece os homens. O CEL é tri, na real.

Se poucos - ou mesmo nenhum - estudantes são cientes de que o Centro é de fundamental importância para eles, uma vez que é sua voz nas reuniões de funcionamento do Curso, muitos letristas passam pelo querido tugúrio diariamente. Procuram café, impressão, uns acordes no violão e o bom papo-furado. Ou mesmo discussões profícuas. Já discuti o Caos com o Funck lá. Não que isso tenha sido profícuo.

Cuido interessante falar um pouco acerca dos membros do CEL. A gestão é mesmo formada por amigos. Vãs politiquices são vilipendiadas; pode-se dizer que somos uma gestão artística, colhendo o fruto íntimo de cada estudante, desdobrando-o num ideal comum. Ó, mas como é bom entregar uma carteira de ônibus a um estudante, ou vê-lo satisfeito quando de uma impressão de trabalho! Mesmo nossa objetividade é regozijante.

O Lucas que é pragmático. Tá nas Finanças. Quem ainda não o viu contando o dinheiro, precisa ver. As notas separadas por valor sobre a mesa, ele debruçado sobre ela, corpulento, circunspecto, austero. Causa impressão. Não fale com ele em tal momento: dedica-se por completo à tarefa. Imagino o Lucas indo cobrar uma dívida com outro DA. Um mafioso italiano, frio, sanguinário, o revólver sob o paletó. Mas qual nada, o cara é afável como um castratti. Quando eu me exaspero, e escrevo um ofício chamando alguém de boçal, ele senta-se ao meu lado e procura me mostrar o equívoco. É, com efeito, diplomático.

Não lançarei olhar de esguelha para os senhores Tedi e Nicolau. Estão certos. Vejam, novidade sempre é atraente. Conciliam bem os afazeres do DA com suas pombinhas gorjeantes. Não raro estou ali no CEL, bebendo um cafezinho, dando uma olhada por cima nalguns poemas de Baudelaire, ou talvez de Whitman, e noto que a armadilha já está posta. Nicolau queda o traseiro na cadeira, esperando. Eis então que surge o desavisado passarinho, indefeso, perdido. Vai bicando pelo rastro ardilosamente deixado pelo caçador, vil e sublime engodo da beleza humana. É então que, ai!, ele puxa a cordinha e prende o animalzinho. "Já viste ali, pequena?", e aponta para um cartaz colado na porta, "Festa na Toca, vai ser quarta... Esteja lá, viu?"

É a mofa que move a vida do bronco e multifacetado artista Nicanor. O mesmo homem que aponta as belezas num Toulouse-Lautrec organiza, de uma idéia surgida em certa madrugada de bebedeira, o Vale-Tudo da Letras. Homem que faz boxe e escreve sobre o amor. E toca violão. Também é sujeito que se apraz na troça. Agrada-lhe exaltar as baixezas dos outros. Certa feita, veio-me com esta: "Não dá mais pra chorar as desgraças no nosso século 21, isso é coisa de romântico oitocentista... O negócio é rir de nossa abjeta situação."

"Tu ficas ali na volta, dizendo, 'quero te comer, quero te comer'. Um dia, ela tá lá, carente, desprezada pelo amado, e te dá. É assim que funciona a coisa", disse-me o Funck quando eu o admoestei por causa de sua impudicícia com uma dama, o que me parecia debalde e ofensivo. Pode até ser. O Funck tem, com efeito, uma visão "absurdista" da realidade; subverte-a ao artificial.

O Raôni ainda é minha melhor influência. Tem uma bela desenvoltura nas inter-relações humanas, consciencioso, hábil e crítico. Extremamente cético, espezinha tudo que tenha aspirações transcendentais, inclusive a mui dogmática Universidade. É, todavia, cortês. Se a menininha do CEL quer ver o mundo pelo prisma do horóscopo, ou ainda que se acredite um ser especial, deveras crente em metafísicas, muito bem, deixemo-la, mas nós sabemos que não é assim, que isso tolhe a percepção consciente do mundo, mitiga o poder do Eu.

O Raôni filosofa por aforismos. Não raro, estou amofinado, sem saber ao certo o que me aborrece, irrequieto e mesmo angustiado. Fico lá a um canto, sorumbático, um vem e me pergunta o que tenho, e eu não sei responder e me apoquento ainda mais. E é o Raôni que, com suas frases concisas e secas, dá a medida certa do que está passando. “O cara...”, ele costuma se referir assim ao Homem.

Bom, o CEL pode mesmo ser muito mais que isso que eu referi aqui, além do que eu me esqueci de dizer, do que eu, açodado no afã de entregar este texto aos já iracundos coordenadores- gerais Tedi e Nicolau, tive que preterir – por exemplo, deixei de falar no talentoso intelectual Presidente do CEL Floco Mendiccelli, o que me é pesaroso – e estou certo de que é mais, mas fico por aqui, e espero que tenham gostado deste rápido panorama feito do meu ponto de vista acerca do nosso Centro.


Por Bruno Said Oyarzabal (membro da gestão CEL 07/08)

Embalagem

Teu segredo eu guardo em meu corpo, e aqui o mantenho e o espremo e condenso e o filtro e o côo e assim o degusto, e de glândula em glândula o vou passando, sentindo cosquinhas assim meio que eletromagnéticas, e as pessoas conseguem ver nos meus olhos o exato trajeto, meu ouvido direito pulsando por tua respiração e minha boca entreaberta (tudo isso guardo em meu corpo, as pessoas vêem pelos olhos, e no trabalho deslizo teu segredo para as paletas, eu sou Atlas em forma de estivador e ergo nas costas o peso do mundo, e eles vêem o que tenho aqui dentro - o teu segredo bem guardado, parcialmente decomposto pelos meus músculos) e daí meu corpo de tanto segredo e de tanto suportar o mundo me pede um cigarro e eu o levo a boca e meus dedos, de tanto ir lá dentro de ti buscar mais uma pista sobre teu segredo e de tanto manuseá-lo nas pontas dos nervos das unhas e nos cabelinhos dos dedos me imploram por ti e teu cheiro com o do cigarro.
E o teu cheiro que veio junto com esse segredo e com esse outro cheiro da china que se esconde atrás desse véu de princesinha, de rainha, de dona de todas as coisas; o teu cheiro não guardo, já o conheço. E de noite eu e tu e teu segredo e teu cheiro e tudo o que existe nos encontramos, e acima do teu corpo quero dependurar meus beiços e em ti babar o teu segredo que passou o dia de glândula em glândula sem ser resolvido. Eu não preciso de abrigo, pois se chove ou faz frio dentro de mim me enfio atrás do teu segredo, e neste pedacinho de ti não há medo e me escondo nessa filial do teu ventre, e de noite te babo e me escondo desta vez em ti, para de uma vez dentro de ti jorrar esse teu segredo. Eu, que em meu corpo guardo teu segredo e tu, que em teu corpo me tens por inteiro.

Autor: Guilherme Floco Mendiccelli

segunda-feira, 12 de maio de 2008

I Jornada de Estudos Germânicos

PROMOÇÃO DO SETOR DE ALEMÃO/UFRGS

16/05/2008

Local: Auditório Luft

8h30min até 9h

Inscrições

9h

Abertura oficial

9h45min até 11h

Palestra

Dr. Gerson Neumann

Título: O Brasil na Literatura Alemã do século XIX

11h até 12h

Kaffeepause + Apresentação de pôsteres

13h30min

Sessão de comunicação

Alunos e ex-alunos do Setor de Alemão UFRGS apresentam trabalhos

Ana Piccoli: "A Oralidade na aula de DaF"

Vinícius Heinrichs:

Filipe Kepler: Tradução da prosa de Rainer Maria Rilke

Jaqueline Frey: "A presença do alemão-padrão entre os falantes bilíngües Hunsrückisch-Português no sul do Brasil"

Martina Meyer:
Thiago Benites: "Kafka e o Cinema"

15h15min até 16h30min

Palestra

Dra. Cristiane Killian

Considerações sobre a tradução de textos especializados em alemão e português

16h45min
até18h

Apresentação artística

com alunos do Setor

Coordenação: Prof. Christoph Schamm

terça-feira, 6 de maio de 2008

Recuso

Recuso-me a ser triste
Recuso a melancolia
Afã de minha vida.

Recuso o descompasso
Dos andares pelas
Estradas da eternidade.

Ah, queria dizer-te coisas
De uma ternura tão simples.
E encontrar uma paz em
Tudo isso.

No entanto, veio
o meu Destino.
E recusou a dar-me teu
Amor.
O mal-amor; ser mal-amado.
Um amor sem cuidado.

Não quero esperar-te.
Porém, tua forma,
Chama, pensamento,
Olhares, imensidão —
São tão, tão presentes.

Em um gesto largo e
Demorado, descobrir-te-ei
Destino que demarcarei,
Num instante de nossas
Histórias.

Uma luz,
Uma chama,
E chuva.
Nos corações
Despedaçados.
Ainda há uma gota
de orvalho,
luzindo à noite.

E tenho anoitecido.
E tenho amado-te tanto.
E te tenho, e não tenho,
E triste sou.

Recuso-me, no entanto, a ser triste.


Autora: Gabriela Grecco

domingo, 4 de maio de 2008

Apenas por alguns segundos

Entre as milhares de pessoas que comemoravam aquele reveillon na beira da praia, ele a avistou, ficou surdo, não sabe se pelo barulho dos fogos ou pela visão momentânea que teve. Ele que era tão descrente de tudo, passou naquele instante a acreditar, a simples presença dela fez encher-lhe o coração de esperança, e ele acreditou na felicidade. Nunca nenhuma mulher havia feito ele sentir aquilo antes, e diga-se de passagem, já tivera inúmeras. Ao mesmo tempo que essa loucura ia tomando conta de seu coração, sua mente, a todo instante perguntava-se como uma simples visão muda a vida de um homem?

Sim, muda mesmo, pois ele já fazia planos de casar-se, ter filhos, parar com a vida boemia, negar tudo aquilo que sempre fora o sentido de sua existência. Estava amando, não trocara uma palavra com aquela iluminada moça da multidão, mas sentia que já a amava. Pensou então em quantas vezes já havia amado uma mulher. Não soube responder, num primeiro instante indagou-se: “não amei nenhuma”, balançou a cabeça, sorriu e disse em voz para que todos a sua volta ouvissem:

-Amei todas, as que mereceram e as que não mereceram, as que me abandonaram, as que eu abandonei, amei por alguns segundos, mas amei.

Olha novamente a multidão, que por causa do barulho dos fogos (ou mesmo por desprezo ao homem que se confessava) permanecia a ignorá-lo. Procurava a sua deusa por entre as pessoas e não a vê mais. A tristeza começa a tomar conta do seu semblante, mas ele lembra-se de uma frase, começa a sorrir e fala baixinho:

-Amei-a, por alguns segundos, amei-a na multidão.


Autor: Diux Levoy

quinta-feira, 1 de maio de 2008

XIII EGEL - Santa Maria

Aí estão algumas fotos e um pequeno relatório do que aconteceu no XIII Encontro Gaúcho dos Estudantes de Letras em Santa Maria, de 27 a 30 de Março de 2008.
A Letras UFRGS esteve presente com a maior delegação visitante no evento.
Obviamente, participamos de 100% das palestras, oficinas e mini-cursos realizados durante os quatro dias de evento, porém, como achamos de bom senso não tirar fotos durante tais atividades para não incomodar os apresentadores e o público ouvinte, somente tiramos fotos de momentos de maior descontração.
Na plenária final, realizada com representantes de todas as universidades presentes (incluindo também um aluno da UNB e uma aluna da UFSC), Guilherme Mendiccelli, o Floco, Coordenador Geral do CEL, foi eleito um dos novos Executivos Estaduais do Rio Grande do Sul. Portanto, o CEL e a Letras UFRGS têm agora um representante diretamente ligado a EXNEL (Executiva Nacional dos Estudantes de Letras). Nessa mesma plenária, foi escolhida a sede para o XIV EGEL, em 2009: a Unisinos foi candidata única e eleita por consenso.





A ida.









A ida, ainda.







A primeira janta.









O primeiro almoço.







Candido mostrando que o aluno da UFRGS tem opinião.








Floco em momento de reflexão durante sua oficina de Latim.









Festa no Campus.







O Campus na festa.








A concentração pré-festa no centro de Santa Maria.








O aquece.








E o resultado.








A pré-volta.








E a volta.






OBS: as fotos foram postadas com atraso devido a questões de prioridades do blog.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Rosas Mornas

São Formas perfeitas de róseos tremores...
Volúpicas curvas de Amor construídas...
Essências de Carnes e Graças perdidas...
Origens divinas de angélicas flores...

São taças de vinho que a todos fascinam...
Perfumam com Luzes de mágicos dons
Belezas presentes em álacres dons
Purpúreos tormentos de Amor que alucinam...!

Olhares ardentes com Fogo forjados...
Sorrisos marfíneos das nuvens fulgentes...
Com pés delicados de Silfos alados...

São Rosas de Vênus, eternas torturas...
Fascinam meus Sonhos, desejos latentes...
Que levam-me apenas a flébeis loucuras...


Autor: Diego Queiroz Nascente

sexta-feira, 11 de abril de 2008

EREL SUL 2008

O Encontro Regional de Estudantes de Letras - Região Sul será realizado dos dias 1 a 4 de maio de 2008 em Florianópolis - SC, nas dependências da UFSC.

O tema do evento é: Identidades do Sul. Importa assinalar que o evento contará com a presença de universidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná o que proporcionará um vasto universo de discussões sobre o curso de Letras da região Sul do Brasil, bem como temas de outros interesses.













As inscrições já estão abertas e podem ser feitas através do endereço http://www.exnel.org.br/erelsul2008/?page_id=7. Nessa página também constam as informações sobre as possibilidades de alojamento e refeições, que devem ser discriminadas na inscrição.

O CEL está buscando aliança com outros DAs de Letras de universidades de Porto Alegre e região metropolitana tanto para dividir um ônibus fretado até lá, quanto para tentar criar e fortalecer uma maior união dos cursos de Letras da cidade e do estado. Com isso, ainda não se sabe o valor do ônibus que será fretado. Logo teremos essa confirmação de preço, que deverá ser acessível para contarmos com a presença do maior número possível de pessoas.

Maiores informações no sítio http://www.exnel.org.br/erelsul2008/ , na comunidade do orkut http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=36394499, ou no CEL, sala 125 do Instituto de Letras.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Parthenon

Teus olhos. De que cor são? Fosse eu menos observador (e, conseqüentemente, menos apaixonado), afirmaria que são cor-de-pistache. Mas nasci para quê, senão para (in)definí-los? Que tipo de Criador é este, capaz de criar tal paradoxo cromático, tal oxímoro sensorial? Teus olhos: a prova que Deus existe (e, conseqüentemente, a prova que Deus não existe). Obviamente eles são resultado de uma investida proposital na evolução natural da vida: essa cor. Que cor é essa dos teus olhos, esses lábaros contraditoriamente ateus de desespero? É como fosse um moto-perpétuo do verde ao castanho, da esmeralda ao carvalho. Não há cor, diriam. Digo: Há em demasia. Teus olhos são da cor dos teus olhos como as rosas são cor-de-rosa, sejam elas brancas ou vermelhas. Teus olhos: meu oroboros.
Os cílios dos teus olhos (ou melhor: os cílios que rodeiam teus olhos, porque teus olhos são tão poderosos que sinto que tudo é deles; todos os olhos, todos os cílios, tudo e, conseqüentemente, eu mesmo). Teus cílios. Começam brancos (não branco cor-de-cílios-brancos e, conseqüentemente, cor-de-todos-os-cílios, sendo axiomática a teoria que o branco é a união de todas as cores. Exceto, é claro, a cor dos teus olhos.) e terminam pretos (não preto cor-de-preto, mas preto-ausência-de-todas-as-cores, inclusive a dos teus olhos). Teus cílios: em poucos milímetros gastos entre comprimento e espessura, trespassam todo o espectro cromático perceptível. Perfeitamente paralelos, fossem infinitos (aliás, talvez o sejam) nunca se tocariam, e abraçariam o universo (feito para qual não é necessário muito, visto que o universo se resumiria ao espaço entre teus cílios). Teus cílios: pilares do Parthenon pós-moderno: teus olhos – morada de todos os deuses e todo Deus.

Autor: Guilherme Floco Mendiccelli

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O Tiro

Ele se imaginava indo até a calçada de sua casa, deitando com os braços semi-abertos, fitando o céu azul. Nesse momento, fecharia os olhos e sorriria. E esperaria, a qualquer momento, um tiro direto no coração. Morreria sorrindo, feliz. Era isso o que imaginava.

Naquela tarde, ele foi até a calçada da sua casa, deitou com os braços semi-abertos, fitou o céu azul, fechou os olhos e sorriu. Ficou lá por um bom tempo. O tiro não veio. Ele abriu os olhos, desfez o sorriso, se levantou e foi embora.

Autor: Nícolas Poloni

http://www.deverascanalha.blogspot.com/

terça-feira, 25 de março de 2008

Yeah

Yeah, foi a resposta da minha puta. Pego-a pelos cabelos e dou dois tapas naquela cara de cavala no cio. Uma verdadeira puro-sangue. Alta, gostosa e vagabunda. O sangue nem tão puro assim. Não me preocupo, costumava ouvir meu pai dizer que AIDS só se pega uma vez na vida. Eu gosto de guardar o leite. Tudo no seu devido lugar. Caída no chão, a boca sangra um pouco. Ela lambe seu sangue e vira aquele rabo na minha direção.
-Come meu cu. – ela nunca teve rodeios comigo. Pego minha pica com a mão esquerda, a direita açoita-lhe a bunda para começar o trote. Cuspo naquele cu e encaixo o murcilhaço. Ela faz o resto do jeito que bem entender, nunca fora adestrada. Égua xucra, nunca me decepcionou.
-Ai garanhão, enxe meu cu de porra enxe.
-Vô te enxê é de porrada, cala a boca vagabunda e mexe esse rabo gostoso – e ela mexia; não porque eu mandava, mas porque ela gostava. Precisava daquilo. Uma puta.
-Pau no cu. Pau no cu. Pau no cu – digo, repito e começo a rir. Pau no cu literalmente, vagabunda esfolou meu caralho. Tiro e mando-a chupar, quero gozar naqueles peitos e vê-la toda lambuzada. O cheiro de merda do próprio cu traz-lhe um prazer tão intenso que ela goza antes mesmo de colocá-lo na boca. Algum tempo depois é minha vez. Penso em gozar-lhe a cara, os peitos e as coxas. Gozo em seus longos cabelos e só. Não tinha leite suficiente, “preciso ir ao mercado”, penso e começo a rir. Ela não entende, mas isso não interessa, ela está satisfeita. Vai até o banheiro e caga.
Nós dormimos.

Autor: Bruno Funck

domingo, 23 de março de 2008

O Baile

- Apesar de que te desagrade, um passo pra trás é um passo pra trás, um passo para frente é um passo pra frente, e não é simples, pois ao teu passo para trás devo responder com um passo adiante, a minha direita é a tua esquerda, tua esquerda minha direita, quando um diante do outro, e não é tão simples, mas estamos juntos, estamos dançando, e eu te acompanho, mesmo que certos movimentos teus me pareçam vazios de significado, incompreensíveis mesmo, acompanho desajeitado, atencioso, e de tanto errar aprendemos um passo novo,e fica tão fácil depois que se aprende, tão bom de dançar. Claro que não somos grandes bailarinos, eu bronco, tu tímida, mas eu gosto de dançar contigo, simples - sem saltos e piruetas, tantos finais trágicos -, sentir teu corpo perto do meu, eu e tu, nós dois, sem exibicionismos acrobáticos, pois ninguém precisa saber de nós, o quanto nos acertamos e dasacertamos, somos eu e tu, somente. Todo mundo entra neste baile e tanta coisa acontece por aqui, meninos e meninas de olhos surpresos e mãos curiosas - eu também já fui menino - pares desencontrados, ajustados -estes mais raros e discretos- , bonitos e feios e quentes e apagados e tantos e tantos, e tantos mais sozinhos, sozinhos-procura, sozinhos-par, sozinhos-acrobatas, sozinhos-sozinhos, uns no bar - eu também já estive lá , boca seca, balcão e cotovelo -, outros caminhando, outras esperando, olhares e olhares, medo e vergonha, homens dançando com homens - e a suavidade ?- mulheres dançando com mulheres - e a força? - e tudo e todos procurando um ritmo, um mesmo compasso, mas aqui não tem música, e talvez eu esteja aqui imaginando um tango, tu uma valsa, demora acertar, temos de condescender, senão fica impraticável, ou quem sabe, exótico. Minha vó diz, quando dançava, caso o par errasse, ela errava junto, isso que é saber dançar - apesar de que erraram tanto que ela acabou se perdendo. Agora já estamos dançando melhor de novo, não é fácil, tem que prestar atenção, esquecer os outros, talvez tu esteja aqui, mas pensando em outro que te tire pra dançar a valsa que tu sempre quis, um valsista e tanto, mas valsa é tão monótono, e pode ser outra coisa, com mais ritmo, pode ser melhor, se nos concentrarmos na gente, dançaremos melhor do que tantos outros aí, uns que não se acertam, outros que nem par tem, se eu ficar espiando por cima do teu ombro, te piso no pé e acabo te machucando, e é por isso que tem que se dedicar toda a atenção, e continuar dançando, cada vez mais perto, cada vez mais certo, como se houvesse música.


Autor: Vinicius Camargo

http://www.contosvinicius.blogspot.com/

Palestra Perspectivas Comparatistas Hoje

PALESTRA

Perspectivas Comparatistas Hoje

27/03/2008 - 14 horas
Auditório Celso Pedro Luft

Prof. Dr. Jean Bessière
(Université Sorbonne Nouvelle - Paris III)
Prof. Dr. Stéphane Michaud
(Université Sorbonne Nouvelle - Paris III)
Profa. Dra. Inês Oséki-Depré
(Université AIX)

OBS: o PPG/Letras está vendo a possibilidade de conseguir tradução simultânea.

sábado, 22 de março de 2008

XIII EGEL


Do dia 27 ao dia 30 de março de 2008, em Santa Maria, na UFSM, será realizado o XIII Encontro Gaúcho dos Estudantes de Letras.

Organizado pelo DAL UFSM / Gestão Vozes 2007/2008, o evento contará com a presença das principais universidades do Estado, incluindo a UFRGS.

O CEL far-se-á presente com algum de seus membros, além de contarmos com a companhia de demais alunos da Letras/UFRGS.

Maiores informações no CEL e/ou no site w3.ufsm.br/daletras

As inscrições com direito às três refeições vão até o dia 24/03, próxima segunda. Interessados, portanto, sejam rápidos para efetuar suas incsrições. Preço a partir do dia 21/03: 65 reais, com direito às refeições e alojamento. O transporte até Santa Maria será disponibilizado pelo CEL ao custo de 10 reais por pessoa.

Contamos com a presença de vocês para representar nossa universidade.