segunda-feira, 28 de abril de 2008

Rosas Mornas

São Formas perfeitas de róseos tremores...
Volúpicas curvas de Amor construídas...
Essências de Carnes e Graças perdidas...
Origens divinas de angélicas flores...

São taças de vinho que a todos fascinam...
Perfumam com Luzes de mágicos dons
Belezas presentes em álacres dons
Purpúreos tormentos de Amor que alucinam...!

Olhares ardentes com Fogo forjados...
Sorrisos marfíneos das nuvens fulgentes...
Com pés delicados de Silfos alados...

São Rosas de Vênus, eternas torturas...
Fascinam meus Sonhos, desejos latentes...
Que levam-me apenas a flébeis loucuras...


Autor: Diego Queiroz Nascente

sexta-feira, 11 de abril de 2008

EREL SUL 2008

O Encontro Regional de Estudantes de Letras - Região Sul será realizado dos dias 1 a 4 de maio de 2008 em Florianópolis - SC, nas dependências da UFSC.

O tema do evento é: Identidades do Sul. Importa assinalar que o evento contará com a presença de universidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná o que proporcionará um vasto universo de discussões sobre o curso de Letras da região Sul do Brasil, bem como temas de outros interesses.













As inscrições já estão abertas e podem ser feitas através do endereço http://www.exnel.org.br/erelsul2008/?page_id=7. Nessa página também constam as informações sobre as possibilidades de alojamento e refeições, que devem ser discriminadas na inscrição.

O CEL está buscando aliança com outros DAs de Letras de universidades de Porto Alegre e região metropolitana tanto para dividir um ônibus fretado até lá, quanto para tentar criar e fortalecer uma maior união dos cursos de Letras da cidade e do estado. Com isso, ainda não se sabe o valor do ônibus que será fretado. Logo teremos essa confirmação de preço, que deverá ser acessível para contarmos com a presença do maior número possível de pessoas.

Maiores informações no sítio http://www.exnel.org.br/erelsul2008/ , na comunidade do orkut http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=36394499, ou no CEL, sala 125 do Instituto de Letras.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Parthenon

Teus olhos. De que cor são? Fosse eu menos observador (e, conseqüentemente, menos apaixonado), afirmaria que são cor-de-pistache. Mas nasci para quê, senão para (in)definí-los? Que tipo de Criador é este, capaz de criar tal paradoxo cromático, tal oxímoro sensorial? Teus olhos: a prova que Deus existe (e, conseqüentemente, a prova que Deus não existe). Obviamente eles são resultado de uma investida proposital na evolução natural da vida: essa cor. Que cor é essa dos teus olhos, esses lábaros contraditoriamente ateus de desespero? É como fosse um moto-perpétuo do verde ao castanho, da esmeralda ao carvalho. Não há cor, diriam. Digo: Há em demasia. Teus olhos são da cor dos teus olhos como as rosas são cor-de-rosa, sejam elas brancas ou vermelhas. Teus olhos: meu oroboros.
Os cílios dos teus olhos (ou melhor: os cílios que rodeiam teus olhos, porque teus olhos são tão poderosos que sinto que tudo é deles; todos os olhos, todos os cílios, tudo e, conseqüentemente, eu mesmo). Teus cílios. Começam brancos (não branco cor-de-cílios-brancos e, conseqüentemente, cor-de-todos-os-cílios, sendo axiomática a teoria que o branco é a união de todas as cores. Exceto, é claro, a cor dos teus olhos.) e terminam pretos (não preto cor-de-preto, mas preto-ausência-de-todas-as-cores, inclusive a dos teus olhos). Teus cílios: em poucos milímetros gastos entre comprimento e espessura, trespassam todo o espectro cromático perceptível. Perfeitamente paralelos, fossem infinitos (aliás, talvez o sejam) nunca se tocariam, e abraçariam o universo (feito para qual não é necessário muito, visto que o universo se resumiria ao espaço entre teus cílios). Teus cílios: pilares do Parthenon pós-moderno: teus olhos – morada de todos os deuses e todo Deus.

Autor: Guilherme Floco Mendiccelli

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O Tiro

Ele se imaginava indo até a calçada de sua casa, deitando com os braços semi-abertos, fitando o céu azul. Nesse momento, fecharia os olhos e sorriria. E esperaria, a qualquer momento, um tiro direto no coração. Morreria sorrindo, feliz. Era isso o que imaginava.

Naquela tarde, ele foi até a calçada da sua casa, deitou com os braços semi-abertos, fitou o céu azul, fechou os olhos e sorriu. Ficou lá por um bom tempo. O tiro não veio. Ele abriu os olhos, desfez o sorriso, se levantou e foi embora.

Autor: Nícolas Poloni

http://www.deverascanalha.blogspot.com/