quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Brumas


As Brumas dolentes fulguram rosáceas...

E os polens das áureas orquídeas, tão flébeis...

Sussurram gemidos, tão roucos e débeis

Roubando os meus sonhos à luz das acácias...


As pálidas Brumas, oh, plúmbeas neblinas...!

Tão lânguidas, leves, elevam-se aladas...

As Brumas malditas, de alvor nacaradas

Ocultam as Luzes das aras divinas...


Turíbulos níveos, essências ardentes...

Incensos sangrentos, fatídicos Hinos

Olhares angélicos, mornos, frementes...


Delícias supremas, Volúpias insanas...

São mãos fenecentes, fosfóreos velinos

São Névoas de Baco, pulsantes, profanas...!



Autor: Diego Queiroz Nascente


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