segunda-feira, 11 de maio de 2009

SEM TÍTULO


Os oboés choraram o réquiem do Sol

Para que tu surgisses.
Mas tu não vieste.
Teu corpo não pede crepúsculos,
Mas pede o alvorecer que eu não tenho.
Tu danças a sonata do minuano
E a valsa dormente do orvalho
Mas não ouves a cantilena do meu sonho.
E nem podes.
O almíscar da tua boca jamais tocará a profanação da minha solidão.
E assim, das crisálidas que sonhei
Surgirão mariposas
Mariposas de Carne e Sangue
Que voarão, loucas e extasiadas
Para os salões secretos da Lua.

Por Diego Queiroz Nascente

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